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Dando importância ao que realmente é importante

toller1Bem, depois de ler o post da Clau e de termos conversado sobre ele no nosso último encontro do Mudança eu lembrei de algo que Deus tem me falado nos últimos meses e a Iana me encorajou a escrever sobre isso
Então vamos lá, né…
 
Quando entrei no CTMDT em 2005 (puxa, já passou um tempinho) tinha muitas expectativas. Principalmente ministeriais. Acreditava que havia chegado o tempo de todas as promessas de Deus se realizarem. Foram dois anos desafiadores em T O D O S os sentidos. Não teve glamour nenhum. Quando terminei o curso estava tão desacreditado que algo poderia acontecer que já me resignava a voltar para casa e viver frustrado. Mas Deus não brinca conosco.

No dia da minha formatura recebi um convite inusitado. ENTRAR PARA O MUDANÇA! Uau… eu nem dormia. Isso por duas razões: de felicidade e preocupação. Felicidade porque estaria em um ministério nacionalmente reconhecido e referência para muita gente, como era para mim. Nunca tinha trocado um “bom dia” com a Isabel. Vi com isso que não adianta termos um super talento ou não. Só Deus pode abrir portas. O nosso dom não é capaz de fazer, por melhores que possamos ser. Acho que a Bel nunca tinha me visto ministrar. Foi Deus que falou e fez tudo. A minha segunda preocupação foi como me manter em BH sem emprego e sem mantenedores. Mas Deus não brinca em serviço, faz tudo cooperar para Seu propósito. No dia que aqui desembarquei já tinha emprego, salário e casa. Minha mãe só agradeceu!!!!

Durante o meu primeiro ano no Mudança dancei na gravação da Nívea, havia acabado de solar no DVD do CTM, viajei para ministrar e parecia que tudo estava do jeito que qualquer pessoa sonhava viver. Certo?… Não! Quando voltei para casa de férias Deus me chamou na “chincha” (no canto) e me mostrou o quanto eu estava errado com relação a importância dessas coisas.

Em casa minha família não é evangélica, niguém tá nem azul para Mudança, Diante do Trono, eles nem sabem quem é esse povo. E aí Deus me falou: “Felipe, você é mais do que as coisas que você faz. Olha para a sua casa, eles são as pessoas que realmente sabem quem você é. O que gosta de comer, o que gosta de fazer e você não tem que agradá-las para que elas o amem. Aqui você pode ser simplesmente o ‘Pimpão’ que gosta de dormir até tarde, comer depois da meia noite, falar bobeira sem que ninguém fique esperando uma palavra profética ou uma dança que liberta ou um oficina que capacita. Seja você mesmo e dê importância ao que realmente é importante”.

Puxa vida, foi libertador. Meeeesmo!!!! Como era bom assistir ao Jornal Nacional com a família, comendo pão da padaria da esquina com leite MOLICO (as mulheres da minha casa vivem de dieta).

Percebi que dava muita importância a coisas que os homens acham importante. O grande de Deus não é a evidência, o reconhecimento, dançar com a Nívea Soares no palco. Nada disso. Isso tudo foi bom e ainda é. Mas, meu irmão, eu não troco minha casa, meu sonho de ser comissário de bordo… isso mesmo AEROMOÇO… ficar lá servindo suquinho e barrinha de cereal, por nada. Se é isso que Deus tem para mim, é isso que quero viver. Se amanhã eu nunca mais pisar num palco, ou der uma oficina em um outro lugar, gravar um DVD, sei lá, tudo isso que 11 em cada 10 pessoas gostariam de fazer… se eu nunca mais fizer isso, eu serei a pessoa mais feliz do mundo. Vivemos sonhando com coisas grandes, não é. Mas o que Deus quiser para mim, isso será o grande dEle. 

No congresso do Diante do Trono desse ano de 2008 eu recusei o convite de estar ministrando com o Mudança (família que amo muito muito muito de verdade verdadeira) para estar em casa balançando na rede, beijando minha sobrinha maravilhosa (Julinha, te amo), e me entupindo de comida boa. Eu estava muito feliz.

Queridos, todas as coisas são passageiras. Não negociem o que vocês são e o que têm com nada que os outros, ou até você mesmo, acham que tem valor. Se Deus te chamou para ficar dançando aí na sua igreja de bairro pequeno, que tenta a todo custo fazer um seminário, com gente que parece um pau se mexendo…rsrsrs, se alegre! Ame essas pessoas, viva esses desafios e louve a Deus pela vida que tem, pois isso é que realmente é importante. Se você nunca chegar a dançar em um palco ou com gente conhecida… isso é o grande de Deus para você. Queira viver o “grande” dEle. Dê importância ao que realmente é importante. Faça e viva o que Ele tem para você.
 
Um abração,

Felipe Toller